Nos últimos quatro anos, o Pix, sistema de transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (BC), consolidou-se como o método de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Dados divulgados pela pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, realizada pelo BC, revelam a dimensão dessa transformação no comportamento financeiro da população.
O avanço do Pix no Brasil
De acordo com o levantamento, 76,4% dos brasileiros utilizam o Pix, sendo que ele é a forma de pagamento mais frequente para 46% dos consumidores. Essa predominância reflete as vantagens do sistema: rapidez, praticidade e custo zero para a maior parte das transações. Introduzido em 2020, o Pix rapidamente ganhou espaço no dia a dia dos brasileiros, atravessando diferentes faixas etárias e níveis de renda.
Dinheiro em espécie perde espaço, mas ainda é relevante
Embora tenha perdido o topo do ranking, o dinheiro em espécie continua sendo uma forma significativa de pagamento, utilizada por 68,9% da população. Contudo, houve uma redução de 14,7 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Essa queda é especialmente visível em segmentos de maior renda e entre os jovens.
O uso de cédulas e moedas é mais comum entre pessoas que recebem até dois salários mínimos (75%) e entre idosos com 60 anos ou mais (72,7%). Para aqueles que ganham entre dois e cinco salários mínimos, o percentual de uso do dinheiro físico cai para 69%.
O futuro sem dinheiro físico
Uma mudança cultural parece estar em curso no Brasil. Metade dos entrevistados acredita que o uso de dinheiro físico será aposentado em até cinco anos, enquanto 31,6% preveem uma redução no uso de cédulas e moedas. Apenas 3,4% projetam um aumento no uso de dinheiro até 2029.
Essa tendência reflete o avanço das tecnologias financeiras e a crescente digitalização dos pagamentos. O Pix, nesse contexto, representa uma ferramenta poderosa de inclusão financeira, possibilitando que brasileiros de todas as regiões e condições socioeconômicas tenham acesso a uma forma ágil de movimentar recursos.
Impactos para o varejo e consumidores
O estudo também ouviu 1.000 caixas de estabelecimentos comerciais, um grupo que vivencia diariamente a transição do dinheiro físico para meios digitais de pagamento. Para o varejo, o Pix representa uma redução de custos operacionais associados à gestão de cédulas e moedas, além de proporcionar maior segurança nas transações.
Para os consumidores, o sistema elimina barreiras como a necessidade de troco e possibilita transações rápidas, mesmo em horários fora do expediente bancário. Essa conveniência tem sido um dos fatores determinantes para o sucesso do Pix no Brasil.
Reflexão para empresários e gestores
O crescimento do Pix é um indicativo claro da digitalização das finanças no Brasil. Para empresas, é essencial adaptar-se a essa realidade, integrando o Pix em suas estratégias de cobrança e vendas. Negócios que oferecem esse meio de pagamento têm maior probabilidade de atender às expectativas do consumidor moderno, que prioriza agilidade e eficiência nas transações.
Além disso, gestores podem aproveitar essa mudança para otimizar seus processos internos, reduzindo custos com manuseio de dinheiro e aumentando a segurança das operações financeiras.
O avanço do Pix sobre o dinheiro em espécie é mais do que uma tendência; é um reflexo da transformação digital que o Brasil vivencia. Embora o dinheiro físico ainda desempenhe um papel importante, especialmente entre populações de menor renda e mais velhas, o futuro aponta para uma economia cada vez mais conectada e ágil.
Empresas que se adaptarem rapidamente a esse cenário estarão mais bem posicionadas para prosperar, acompanhando as demandas de um consumidor em constante evolução. O Pix, nesse contexto, não é apenas uma ferramenta de pagamento, mas um marco na modernização do sistema financeiro brasileiro.
Equipe Riolex
Fonte: BACEN
Equipe Riolex
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