O sistema tributário brasileiro é amplamente reconhecido por sua complexidade. Com uma variedade de regimes, regras e exceções, as empresas enfrentam o desafio de escolher o enquadramento que melhor se ajusta ao seu porte e atividade. Neste artigo, exploraremos os principais regimes tributários e o que muda com a Reforma Tributária, que promete impactar diretamente mais de 90% das empresas brasileiras optantes do Simples Nacional.
1. Quais são os Regimes Tributários Atuais?
Os regimes tributários definem como uma empresa calcula e paga seus impostos. No Brasil, os principais regimes são:
1.1 Lucro Real
Este é o regime mais detalhado e, em muitos casos, obrigatório. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados com base no lucro ou prejuízo contábil efetivo da empresa, após ajustes fiscais. Empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões ou pertencentes a setores específicos, como instituições financeiras, são obrigadas a adotar este regime. Embora mais complexo, o Lucro Real oferece maior transparência e permite a compensação de prejuízos fiscais.
1.2 Lucro Presumido
Este modelo simplificado presume o lucro da empresa com base em percentuais fixos aplicados sobre o faturamento, variando conforme a atividade econômica. É uma opção popular entre empresas de médio porte, pois reduz a burocracia e simplifica o cálculo dos tributos. Empresas com faturamento até R$ 78 milhões podem optar por este regime.
1.3 Simples Nacional
Criado pela Lei Complementar 123/2006, o Simples Nacional é voltado para micros e pequenas empresas. Seu principal benefício é a unificação de oito tributos em uma única guia de arrecadação, o DAS. Os limites de faturamento são:
- MEI: até R$ 81 mil/ano
- Microempresa (ME): até R$ 360 mil/ano
- Empresa de Pequeno Porte (EPP): até R$ 4,8 milhões/ano
Esse regime reduz a burocracia e estimula a formalização dos pequenos negócios.
2. Como Escolher entre os Regimes Tributários?
A escolha do regime tributário deve considerar fatores como faturamento, margem de lucro e tipo de atividade. O Simples Nacional é indicado para micros e pequenas empresas com estrutura enxuta. O Lucro Presumido pode ser vantajoso para empresas de serviços com margens elevadas. Já o Lucro Real é recomendado para aquelas com margens reduzidas, permitindo compensar prejuízos fiscais.
Contar com o apoio de um contador especializado é fundamental para simular cenários e identificar o melhor enquadramento.
3. Regimes Especiais e Suas Características
Além dos regimes gerais, existem regimes tributários favorecidos, como o da Zona Franca de Manaus, que oferecem regras diferenciadas e benefícios fiscais. Setores como combustíveis, cooperativas e serviços financeiros continuam com tratamento específico mesmo após a Reforma Tributária.
4. Novos Regimes Criados com a Reforma Tributária
A Reforma Tributária proposta trata da tributação sobre o consumo, simplificando o sistema e reorganizando os regimes de apuração com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Os novos formatos principais incluem:
4.1 Regime Regular
Aplica-se à maioria das empresas no lucro real ou presumido, permitindo a apuração centralizada e o aproveitamento integral de créditos tributários.
4.2 Regime do Simples Nacional
Este regime será mantido, mas com ajustes nas definições de receita bruta e novas obrigações acessórias.
4.3 Regime Híbrido
Uma novidade que permite a empresas do Simples Nacional optar por recolher o IBS e a CBS fora do regime simplificado, aplicando regras do regime regular.
5. Impactos da Reforma Tributária no Simples Nacional
Embora o Simples Nacional seja mantido, haverá mudanças significativas. O conceito de receita bruta foi ampliado, e novas vedações de opção foram introduzidas. As empresas do Simples poderão gerar créditos de IBS e CBS, mas em valores proporcionais ao que efetivamente pagam, o que pode afetar a competitividade.
Além disso, novas obrigações e penalidades foram estabelecidas, como a declaração anual única para o MEI e multas mais rigorosas por atraso.
Conclusão
A Reforma Tributária representa um marco significativo no sistema tributário brasileiro, com mudanças que impactarão a forma como as empresas operam. É essencial que contadores e empresários se preparem para essas transformações.
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Conteudo gerado pela Rio Lex IA e curadoria feita por Adauto Junior

