SÃO PAULO – Um dos principais problemas do Brasil, que inibe o consumo consciente, o crédito planejado e até interfere no controle do endividamento e da inadimplência, é a falta de educação financeira.
Apesar de necessária, inclusive para adultos, a introdução da educação financeira logo nos primeiros anos da criança é mais eficaz, pois o aprendizado acontece junto com o desenvolvimento dos pequenos, fazendo, assim, realmente parte do seu crescimento.
No entanto, de acordo com o especialista em educação financeira infantil, Álvaro Modernell, alguns mitos ainda cercam o assunto e um deles é exatamente o que diz que “educação financeira não é assunto de criança”. “Tanto é que escolas públicas já começaram a inserir o tema no Ensino Médio e já existe a decisão de estender a todo Ensino Fundamental”, afirma.
Verdades e mentiras
Para desvendar mais esse universo da educação financeira infantil, o especialista Álvaro Modernell listou alguns mitos sobre o assunto. Confira e, se for o caso, reveja seus conceitos:
Mito 1 – Educação Financeira é apenas para jovens e adultos
A educação financeira pode e deve ser iniciada na infância, de maneira lúdica, antes mesmo de as crianças chegarem ao Ensino Fundamental.
Mito 2 – Educação Financeira é assunto para tratar apenas em família
A educação para a cidadania deve ser compartilhada pela família, pela escola e pela sociedade.
Mito 3 – Apenas crianças de famílias ricas precisam de educação financeira
A verdade é que todos precisam aprender a cuidar bem do seu dinheiro, seja ele pouco ou muito. O ensino da educação financeira ajuda na organização, no planejamento, na conservação dos bens, nas escolhas, a evitar desperdícios, a respeitar limites e outras atitudes que ajudam a fazer o dinheiro render mais.
Mito 4 – Educação Financeira nas escolas só pode ser feita com projetos feitos por especialistas
Qualquer escola pode estruturar e desenvolver seu próprio projeto. Mas a experiência ensina que vale a pena pesquisar sobre ações bem-sucedidas para aumentar também as chances de sucesso e reduzir riscos de escolher caminhos pouco produtivos. Ao contratar um profissional de fora, pesquise e peça referências. O assunto é muito importante para ser tratado por qualquer um.
Mito 5 – Para oferecer educação financeira, as escolas precisam investir muito
O primeiro passo é incluir títulos de literatura infantil sobre o assunto (paradidáticos ou literários) nos projetos de leitura. Não custa nada a mais. Não muda a rotina. Não exige capacitação. E alunos, pais e professores passam a ler, refletir e conversar sobre fundamentos de educação financeira naturalmente. Está dado o primeiro passo!
Fonte: Infomoney
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